Reviva 12 Clássicos do Estúdio Ghibli de Hayao Miyazaki - YouCine

Reviva 12 Clássicos do Estúdio Ghibli de Hayao Miyazaki

Quem é fã das animações do Estúdio Ghibli de Hayao Miyazaki? Para mim, os filmes de Hayao Miyazaki são como reflexos do mundo real, embora cheios de imaginação e fantasia. Com seus cenários deslumbrantes, histórias puras e significativas, suas obras sempre escondem mensagens profundas e reveladoras, permitindo-nos enxergar um mundo vibrante que muitas vezes é ofuscado pela rotina diária.

Muitos crianças adoram os filmes da série de Hayao Miyazaki, mas algumas cenas e seus significados são compreendidos plenamente apenas por adultos, o que é um dos motivos pelos quais eu aprecio tanto o trabalho deste autor. Você pode reviver essas animações clássicas no YouCine! Se você ainda não os assistiu, recomendo começar pelo favorito de muitos: “A Viagem de Chihiro”.

O Menino e a Garça (2023)

O mais recente filme de Hayao Miyazaki, “O Menino e a Garça“, mergulha em uma jornada de autodescoberta e introspecção. A trama gira em torno de um jovem chamado Mahito, que enfrenta a perda de sua mãe em um incêndio. A vida de Mahito é virada de cabeça para baixo quando seu pai se casa novamente com a irmã mais nova da falecida mãe, Natsuko, e eles se mudam para uma mansão no campo. O cenário bucólico é perturbadoramente lindo, mas há uma inquietude subjacente que permeia o ar.

Mahito, sentindo-se deslocado e com raiva, encontra consolo e mistério em um héron cinzento que parece saber mais do que deveria. Este héron é um guia enigmático que leva Mahito a um torreão proibido, onde ele descobre portais para mundos fantásticos. Cada portal oferece uma visão de realidades alternativas, desafios e enigmas que Mahito deve desvendar.

Em um dos mundos, Mahito encontra Kiriko, uma jovem pescadora habilidosa que maneja fogo com uma varinha mágica. Eles pescam um peixe gigantesco que vendem para espíritos chamados Warawara, almas que aguardam renascimento. Aqui, Hayao Miyazaki entrelaça temas de reencarnação e o ciclo eterno da vida, misturando o mundano com o extraordinário.

A aventura de Mahito não é sem perigos. Ele enfrenta pelicanos famintos, parakeets antropomórficos e outras criaturas mágicas que testam sua coragem e determinação. Em meio a esses desafios, Mahito deve confrontar suas próprias emoções e o legado de sua família, culminando em um encontro com um feiticeiro que lhe oferece a chance de moldar o futuro deste mundo mágico.

A animação é uma obra-prima visual, com paisagens de sonho que evocam tanto maravilha quanto melancolia. A trilha sonora de Joe Hisaishi complementa perfeitamente as visões de Hayao Miyazaki, adicionando uma camada emocional profunda que ressoa com o espectador. “O Menino e a Garça” é uma meditação poética sobre a perda, o crescimento e a aceitação, encapsulando a habilidade única de Hayao Miyazaki de criar mundos que são simultaneamente fantásticos e profundamente humanos.

Vidas ao Vento (2013)

“Vidas ao Vento” é uma biografia dramatizada de Jiro Horikoshi, o engenheiro por trás dos aviões de caça japoneses da Segunda Guerra Mundial. Diferente das fantasias usualmente associadas a Hayao Miyazaki, este filme é um olhar mais sóbrio e introspectivo sobre a ambição, a inovação e as consequências éticas.

Jiro, desde jovem, é fascinado pela aviação, sonhando em criar aviões que podem tocar o céu. Sua jornada é marcada por desafios pessoais e profissionais, incluindo um romance trágico com Naoko, uma jovem que luta contra a tuberculose. A relação deles é tocante e trágica, imbuindo o filme com uma qualidade lírica e emocionalmente ressonante.

Enquanto Jiro avança em sua carreira, desenvolvendo o lendário avião de caça Mitsubishi A6M Zero, ele é assombrado pelos usos militares de sua criação. Hayao Miyazaki aborda habilmente o dilema moral do engenheiro, contrastando a beleza e a inovação de seus designs com a destruição que eles causam na guerra.

O filme é visualmente deslumbrante, com paisagens pintadas à mão que capturam a beleza do Japão rural e a elegância dos aviões de Jiro. A animação é complementada por uma trilha sonora evocativa de Joe Hisaishi, que sublinha os altos e baixos emocionais da narrativa.

“Vidas ao Vento” é um filme de reflexão e contemplação, explorando a tensão entre o sonho e a realidade, a paixão e a responsabilidade. É uma obra-prima que destaca a profundidade e a sensibilidade de Hayao Miyazaki como contador de histórias, capaz de tecer temas complexos e emocionais em uma tapeçaria cinematográfica rica e envolvente.

Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar (2008)

“Ponyo” é uma fábula encantadora que mistura mitologia, ecologia e a pureza da amizade infantil. A história segue Sosuke, um garoto de cinco anos que vive em um penhasco à beira-mar, e Ponyo, uma peixinha dourada mágica que deseja se tornar humana. A relação deles começa quando Sosuke salva Ponyo de um frasco de vidro, e a partir daí, uma série de eventos mágicos e catastróficos se desenrola.

Ponyo é filha de Fujimoto, um feiticeiro do mar, e Granmamare, uma deusa do oceano. Fujimoto, preocupado com o desequilíbrio que a transformação de Ponyo poderia causar no mundo natural, tenta trazê-la de volta ao oceano. No entanto, Ponyo, com a ajuda de suas irmãs e a magia de Sosuke, consegue se transformar em uma menina humana, desencadeando uma série de desastres naturais.

A animação é vibrante e fluida, capturando a beleza e o caos do oceano com uma atenção meticulosa aos detalhes. As cenas subaquáticas são especialmente deslumbrantes, com uma paleta de cores que evoca a riqueza e a diversidade da vida marinha. A trilha sonora de Joe Hisaishi é alegre e caprichosa, complementando perfeitamente o tom lúdico e mágico do filme.

“Ponyo” é uma celebração da infância, da natureza e da magia que existe nas pequenas coisas. É uma história de amor e sacrifício, mostrando como a amizade e a bondade podem superar os maiores obstáculos. Hayao Miyazaki utiliza o filme para fazer uma declaração sobre a importância de proteger nosso ambiente natural, ao mesmo tempo em que nos lembra da pureza e da força do amor infantil.

O Castelo Animado (2004)

Em “O Castelo Animado”, Hayao Miyazaki nos leva a um mundo de fantasia onde a jovem Sophie é transformada em uma velha por uma maldição de uma bruxa invejosa. Desesperada para quebrar o feitiço, Sophie busca refúgio no castelo ambulante de Howl, um mago carismático e enigmático que guarda seus próprios segredos sombrios.

O castelo de Howl é uma maravilha de engenharia mágica, uma estrutura ambulante que desafia as leis da física e da lógica. Através das portas mágicas do castelo, Sophie e Howl viajam para diferentes mundos e enfrentam desafios que testam sua coragem e determinação.

A narrativa é rica em simbolismo e temas profundos, explorando a autoaceitação, o sacrifício e a natureza do amor. Howl, inicialmente apresentado como um hedonista egoísta, revela-se um personagem complexo e vulnerável, que aprende a enfrentar seus medos e responsabilidades graças à influência de Sophie.

Visualmente, “O Castelo Animado” é uma obra-prima. A animação é exuberante e detalhada, capturando a magia e a maravilha do mundo de Hayao Miyazaki. A trilha sonora de Joe Hisaishi é igualmente mágica, adicionando uma camada adicional de emoção e profundidade à história.

O filme é uma celebração da criatividade e da imaginação de Hayao Miyazaki, uma história que encanta e inspira, lembrando-nos da beleza e do poder da transformação pessoal.

A Viagem de Chihiro (2001)

A Viagem de Chihiro” é talvez o filme mais famoso de Hayao Miyazaki, um conto de fadas moderno que ganhou aclamação mundial e o Oscar de Melhor Filme de Animação. A história segue Chihiro, uma menina de dez anos que se vê presa em um mundo de espíritos e deuses após seus pais serem transformados em porcos por comerem comida mágica.

Para salvar seus pais e retornar ao mundo humano, Chihiro deve trabalhar em uma casa de banhos administrada pela bruxa Yubaba. Durante sua jornada, ela faz amigos improváveis, como o misterioso Haku e a encantadora Lin, e aprende lições valiosas sobre coragem, amizade e autoidentidade.

A animação de “A Viagem de Chihiro” é deslumbrante, com cenários ricos e detalhados que dão vida ao mundo dos espíritos. Cada quadro é uma obra de arte, repleta de cores vibrantes e personagens memoráveis. A trilha sonora de Joe Hisaishi é igualmente evocativa, criando uma atmosfera mágica e emocionante.

O filme é uma alegoria poderosa sobre o crescimento e a transformação, explorando temas de consumismo, poluição e a perda da inocência. É uma história profundamente ressonante que continua a cativar e inspirar audiências de todas as idades, solidificando o legado de Hayao Miyazaki como um mestre contador de histórias.

Princesa Mononoke (1997)

“Princesa Mononoke” é uma saga épica que explora a luta intensa entre a natureza e a industrialização. O filme começa com o jovem príncipe Ashitaka, da tribo Emishi, que é amaldiçoado por um demônio javali ao defender sua vila. Para encontrar uma cura, ele deve viajar para o oeste, onde a maldição o levará a um conflito maior entre humanos e os deuses da floresta.

A jornada de Ashitaka o leva à colônia industrial de Tatara, governada pela resoluta e progressista Lady Eboshi. Eboshi e seus seguidores estão desmatando a floresta para extrair ferro, provocando a ira dos espíritos da floresta e de San, uma jovem humana criada por lobos que se tornou a Princesa Mononoke. San vê Eboshi como uma ameaça direta ao seu lar e família adotiva, e luta ferozmente para proteger a floresta.

Hayao Miyazaki aborda complexos temas ecológicos e sociais através de personagens multifacetados. Lady Eboshi, por exemplo, não é uma vilã tradicional; ela cuida dos leprosos e dá trabalho às mulheres marginalizadas, mas suas ações destrutivas contra a floresta a colocam em conflito direto com San e os deuses da floresta. Ashitaka, por outro lado, busca uma solução pacífica, acreditando que humanos e natureza podem coexistir harmoniosamente.

Visualmente, “Princesa Mononoke” é uma obra-prima. As paisagens exuberantes e detalhadas da floresta, os designs impressionantes dos espíritos animais e as cenas de batalha intensamente coreografadas são todas testemunhas do talento de Hayao Miyazaki e da equipe do Studio Ghibli. A trilha sonora composta por Joe Hisaishi complementa a grandiosidade da narrativa com composições épicas e emotivas que realçam a intensidade e a beleza da história.

O filme não oferece respostas fáceis ou finais felizes simplistas, refletindo a complexidade das questões ambientais e a interconexão entre humanidade e natureza. “Princesa Mononoke” é um testemunho do compromisso de Hayao Miyazaki com histórias que desafiam e inspiram, uma jornada cinematográfica que ressoa profundamente com temas de preservação ambiental, sacrifício pessoal e o delicado equilíbrio entre progresso e respeito ao mundo natural.

Porco Rosso – O Último Herói Romântico (1992)

“Porco Rosso” é um filme que mistura aventura, romance e crítica social em um cenário pós-Primeira Guerra Mundial. O protagonista, Marco Pagot, um talentoso piloto de caça transformado em um porco antropomórfico por uma misteriosa maldição, é agora um caçador de recompensas conhecido como Porco Rosso. Ele patrulha os céus do Adriático, combatendo piratas aéreos enquanto lida com seu próprio passado turbulento.

Marco é um personagem cínico e melancólico, assombrado pelas memórias da guerra e pelo seu estado atual. Sua vida solitária é interrompida por Fio Piccolo, uma jovem engenheira aeronáutica que se torna sua parceira e ajuda a reparar seu hidroavião danificado. A interação entre Porco e Fio traz à tona uma dinâmica de mentor-aprendiz, onde ambos aprendem e crescem através de suas experiências compartilhadas.

A antagonista direta de Porco é Gina, uma cantora de cabaré e amiga de longa data, e Curtis, um arrogante piloto americano que busca derrotar Porco tanto no ar quanto no coração de Gina. As batalhas aéreas são magistralmente animadas, capturando a beleza e o perigo dos duelos de aviões vintage com uma precisão técnica e artística que só Hayao Miyazaki poderia alcançar.

“Porco Rosso” também serve como um comentário sobre o impacto da guerra e a corrupção moral. A transformação de Marco em um porco simboliza sua autoavaliação negativa e sua luta para encontrar redenção em um mundo que ele considera falido. Através de suas interações com Fio e outros personagens, ele começa a confrontar seu passado e reconsiderar seu papel no mundo.

A animação é complementada por uma trilha sonora encantadora de Joe Hisaishi, que mistura melodias nostálgicas com toques de jazz e música clássica, criando uma atmosfera que é tanto romântica quanto evocativa. “Porco Rosso” é uma prova do talento de Hayao Miyazaki para criar histórias ricas em detalhes, emocionalmente ressonantes e visualmente deslumbrantes, oferecendo uma narrativa que é ao mesmo tempo pessoal e universal.

O Serviço de Entregas da Kiki (1989)

“O Serviço de Entregas da Kiki” é um conto encantador sobre amadurecimento e independência. Kiki é uma jovem bruxa de treze anos que, conforme a tradição, deve deixar sua casa e viver sozinha por um ano para completar seu treinamento. Acompanhada por seu gato preto falante, Jiji, Kiki se estabelece em uma pitoresca cidade costeira e abre um serviço de entregas usando sua habilidade de voar em uma vassoura.

A jornada de Kiki é marcada por desafios e triunfos, refletindo as lutas universais da adolescência. Ela enfrenta a solidão, a insegurança e a dúvida, mas também faz amigos e descobre seu próprio valor e propósito. A relação de Kiki com a generosa Osono, dona de uma padaria que a acolhe, e Tombo, um garoto apaixonado por aviação, são centrais para sua jornada de autodescoberta.

Hayao Miyazaki explora temas de independência, resiliência e comunidade com uma sensibilidade tocante. A cidade onde Kiki se estabelece é vibrante e acolhedora, com uma estética inspirada por cidades europeias, especialmente no Mediterrâneo. A animação captura a magia do cotidiano, desde o voo gracioso de Kiki sobre a cidade até os pequenos atos de gentileza que ela encontra em sua nova vida.

A trilha sonora de Joe Hisaishi é alegre e melódica, acompanhando perfeitamente as aventuras de Kiki e sublinhando os momentos emocionais com uma sensibilidade delicada. “O Serviço de Entregas da Kiki” é um filme que celebra a coragem e a determinação das jovens mulheres, mostrando que com determinação e ajuda da comunidade, é possível superar qualquer desafio.

Meu Amigo Totoro (1988)

“Meu Amigo Totoro” é uma celebração da infância e da magia da natureza. A história segue Satsuki e Mei, duas irmãs que se mudam com seu pai para uma casa no campo para estar mais perto de sua mãe, que está hospitalizada. No campo, elas descobrem criaturas mágicas, incluindo o adorável e gigantesco Totoro, que se torna seu amigo e guardião.

Totoro é uma figura icônica, uma criatura da floresta que exala uma presença calmante e protetora. Ele e suas pequenas versões menores, bem como o mágico Catbus, ajudam as meninas a enfrentar os desafios e incertezas de sua nova vida. A relação das irmãs com Totoro é um reflexo da pureza e da curiosidade infantil, imbuída de maravilha e descoberta.

Hayao Miyazaki usa “Meu Amigo Totoro” para explorar temas de família, saúde e a conexão intrínseca com a natureza. As paisagens rurais são desenhadas com uma atenção meticulosa aos detalhes, capturando a beleza simples e serena do campo japonês. A trilha sonora de Joe Hisaishi é igualmente encantadora, com melodias que evocam tanto a alegria quanto a melancolia.

O filme é uma meditação pacífica sobre a infância e a importância de manter a esperança e a imaginação viva. “Meu Amigo Totoro” continua a ser um dos filmes mais amados de Hayao Miyazaki, um testemunho do poder duradouro da simplicidade e da bondade.

O Castelo no Céu (1986)

“O Castelo no Céu” é uma aventura épica que mistura ficção científica e fantasia. A história segue Pazu, um jovem aprendiz de minerador, e Sheeta, uma garota com um misterioso amuleto que a liga a uma antiga e poderosa civilização. Juntos, eles partem em uma jornada para encontrar Laputa, uma lendária cidade flutuante.

Hayao Miyazaki constrói um mundo rico em detalhes e lore, onde tecnologia avançada e magia coexistem. A animação é dinâmica, capturando cenas de ação emocionantes e paisagens deslumbrantes. O design de Laputa é particularmente impressionante, uma mistura de arquitetura antiga e tecnologia futurista que destaca a criatividade ilimitada de Hayao Miyazaki.

Os antagonistas, incluindo piratas aéreos e forças militares, adicionam tensão e perigo à jornada de Pazu e Sheeta. No entanto, o coração do filme está na relação entre os protagonistas e na busca pela verdade e pela paz. A trilha sonora de Joe Hisaishi eleva a narrativa, proporcionando um pano de fundo épico e emotivo para a aventura.

“O Castelo no Céu” é uma história sobre a busca pelo conhecimento, a preservação da paz e a luta contra a ganância e a destruição. É um testemunho do talento de Hayao Miyazaki para criar mundos complexos e fascinantes que cativam a imaginação e o coração.

Nausicaä do Vale do Vento (1984)

“Nausicaä do Vale do Vento” é uma obra seminal de Hayao Miyazaki que estabeleceu muitas das temáticas e estéticas que caracterizam seu trabalho. A história é ambientada em um futuro distante, mil anos após uma catástrofe conhecida como “Sete Dias de Fogo” que devastou a civilização e criou vastas florestas tóxicas habitadas por insetos gigantes chamados Ohmu. A protagonista, Nausicaä, é a princesa do Vale do Vento, uma das poucas comunidades humanas que conseguiram sobreviver nesse ambiente hostil.

Nausicaä é uma líder compassiva e corajosa, dotada de uma profunda conexão com a natureza e uma habilidade única para se comunicar com os Ohmu. Ela busca entender e coexistir com a floresta tóxica, acreditando que é possível restaurar a harmonia entre os seres humanos e o ambiente natural. Sua jornada a leva a confrontar forças militares e políticas que desejam usar a floresta e os Ohmu para fins destrutivos.

A animação de “Nausicaä do Vale do Vento” é impressionante, com paisagens vastas e detalhadas que capturam a beleza e o perigo do mundo pós-apocalíptico. As cenas de voo de Nausicaä em seu planador são particularmente icônicas, transmitindo uma sensação de liberdade e conexão com o ambiente.

O filme aborda temas ecológicos profundos, como a interdependência entre os seres vivos e a necessidade de respeitar e proteger o meio ambiente. A narrativa é uma reflexão sobre as consequências da guerra e da destruição ambiental, e uma chamada à ação para a preservação da natureza. A trilha sonora de Joe Hisaishi complementa a atmosfera do filme com composições evocativas que reforçam a tensão e a beleza da história.

“Nausicaä do Vale do Vento” é amplamente considerado um clássico do cinema de animação e um precursor dos filmes posteriores de Hayao Miyazaki. Sua influência é evidente em obras como “Princesa Mononoke” e “A Viagem de Chihiro”, que também exploram a relação complexa entre humanos e a natureza.

Lupin III: O Castelo de Cagliostro (1979)

Lupin III: O Castelo de Cagliostro” é o primeiro longa-metragem dirigido por Hayao Miyazaki, baseado no popular mangá e série de anime “Lupin III”. O filme segue as aventuras do ladrão cavalheiro Arsène Lupin III e seu parceiro Jigen, enquanto eles tentam desvendar o mistério do dinheiro falso produzido pelo malévolo Conde Cagliostro em seu castelo.

A trama começa com Lupin e Jigen roubando um cassino e descobrindo que o dinheiro que roubaram é falsificado. Esta pista os leva ao pequeno e remoto Ducado de Cagliostro, onde encontram a jovem princesa Clarisse, que está sendo mantida prisioneira pelo Conde. O Conde Cagliostro planeja forçar Clarisse a se casar com ele para obter acesso a um tesouro secreto.

Hayao Miyazaki infunde o filme com sua assinatura de aventura desenfreada, cenas de ação inovadoras e uma sensibilidade visual única. O Castelo de Cagliostro é um cenário majestoso e intrincado, repleto de armadilhas e segredos, que serve como um personagem por si só na narrativa. As cenas de perseguição, especialmente a icônica perseguição de carros no início do filme, são realizadas com uma coreografia dinâmica e uma animação fluida que se destacam mesmo décadas após o lançamento do filme.

Além de ser uma emocionante aventura de ação, “O Castelo de Cagliostro” também tem momentos de humor e charme, com personagens cativantes e interações divertidas. Lupin é retratado como um ladrão carismático e astuto, mas também como um herói que luta por justiça e pela proteção dos inocentes, especialmente Clarisse.

A trilha sonora, composta por Yuji Ohno, é vibrante e empolgante, complementando as sequências de ação e os momentos mais leves do filme. A música ajuda a estabelecer o tom jovial e energético que permeia toda a narrativa.

“Lupin III: O Castelo de Cagliostro” não só marcou a estreia de Hayao Miyazaki como diretor de longa-metragem, mas também estabeleceu um padrão para a excelência em animação e narrativa que ele continuaria a desenvolver em seus futuros projetos. É um filme que combina perfeitamente aventura, romance e intriga, e que continua a ser um favorito entre os fãs de anime e de cinema de animação em geral.

Conclusão

A obra de Hayao Miyazaki é uma rica tapeçaria de imaginação, aventura e introspecção, tecida com maestria através de seus longas-metragens. Desde as aventuras épicas de “Nausicaä do Vale do Vento” e “Princesa Mononoke” até as delicadas jornadas pessoais de “Vidas ao Vento” e “Ponyo”, Hayao Miyazaki nos oferece visões que são tanto um reflexo de nossa realidade quanto uma fuga para mundos de pura fantasia. Cada filme é um testemunho de sua habilidade incomparável de combinar narrativa poderosa com visuais deslumbrantes, criando experiências cinematográficas que ressoam profundamente com audiências de todas as idades.

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